segunda-feira, 7 de março de 2016

Aquelas que representam

Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Deus dá asas à minha cobraSabe o que é ser carvão
Eu sou pau pra toda obra
Minha força não é bruta
Não sou freira nem sou p***

O nome dessa música é "Pagu", inspirada na própria escritora e militante Pagu, Patrícia Rehder Galvão. Ela foi comunista durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas, rendendo 23 prisões (não só em solo nacional). Ninguém conseguiu calá-la sem ser o câncer embora hoje nem o câncer cala as vozes.
E eu vim falar das mulheres que representam não só o dia 8 de março, mas todos os ias do ano. Além desse assunto, queria falar sobre séries; ou seja, hoje vim falar de sete personagens femininas que sambam na cara da sociedade nas séries.

1. Megan Hunt, Body of Proof

Enfim, Body of Proof no blog!
Megan Hunt (Dana Delany) é uma médica legista que tenta se adaptar a essa nova profissão, depois de um acidente de carro e suas sequelas, já que antes ela era uma neurocirurgiã. Ao mesmo tempo tem de lidar com a ex-marido, com sua filha pré-adolescente Lacey e com sua equipe de policiais e médicos forenses.
O que mais me atraiu na Megan foi sua inteligência confiante e força para recomeçar o  quanto fosse necessário. Ela sempre observava todos os suspeitos, motivações. A dupla com Peter Dunlop (Nicholas Bishop) sempre gerou competições que eu adorava ver.

2. Victoria Grayson, Revenge

Rainha Victoria Grayson (Madeleine Stowe) protegia seu trono com todos com todas as forças. A sra. Grayson é uma matriarca da poderosa família nos Hamptons que aprendeu a ser uma leoa quando o assunto era Charlotte (Christa B. Allen) e Daniel Grayson (Josh Bowman) e futuramente Patrick (Justin Hartley).
Desde a entrada das intenções de Emily, a nova moradora dos Hamptons, na vida de Daniel, Victoria sempre correu atrás da vida da inimiga e mostrou que sabe jogar o jogo da vingança ao lado do marido Conrad Grayson (Henry Czerny).

3. Emily Thorne, Revenge 

Nossa Condessa de Monte Cristo!
Emily Thorne (Emily VanCamp)  é um exemplo de força de vontade. Motivada pela vingança à Mansão Grayson, Amanda Clarke trocou de nome e escalou para o topo da elite americana com a herança do pai que preso e assassinado injustamente por acidente de avião.
Como eu amei a Emily em todas as temporadas! Cada plano e execução! Acrescentando a isso os amores e amizades Nolan te amo que ela teve. Em nenhum momento eu vi a atriz vacilar na interpretação.

4. Nomi Marks, Sense8

Nomi (Jamie Clayton) representa as trans e as mulheres muito bem. Ela mostra que "ser mulher" está almal na consciência, vai além do físico.
Nomi nosceu Mike e sofreu, ainda sofre, com o preconceito por parte dos colegas e familiares, mas mostrou que seu papel não se resume a sexualidade. Sua inteligência como hacker é vital para a evolução da trama e mostra que é a sensate mais consciente do que é ser sensate.

5. Sun Bak, Sense8

Apesar do esteriótipo de oriental que sabe as artes marciais, Sun (Bae Doona) consegue ultrapassar mais ainda os limites desse clichê.
Sun é a vice-presidente da empresa da família, mas sofre constante depreciação por parte do pai e do irmão em uma machista sociedade sul-coreana.
Além disso, o personagem é engrandecido quando entra na mente dos outros sensates. Seus diálogos com Capheus (Aml Ameen) e Riley (Tuppence Middleton) são de aplaudir.

6. Vanessa Ives, Penny Dreadful

Ela é a alma de Penny Dreadful, uma força da natureza.
Em plena Era Vitoriana, srta. Ives  (Eva Green) é uma mulher reclusa que mora com o pai da sua melhor amiga de infância, sir Malcom Murray (Timothy Dalton).
Vanessa está comumente de preto exibindo todo seu tom misterioso e aos poucos revelando sua ligação com o sobrenatural, na primeira temporada, vampiros e, na segunda, bruxas.
Ives apresenta sensibilidade, delicadeza, mas apresenta também desejos, raiva, tormentas, afinal até as mais fortes guardam seus demônios.

7. Annalise Keating, How to Get Away with Murder.

Annalise Keating costuma sambar nos personagens da série e Viola Davis mostra que sabe gingar do lado de fora das telas também.
Professora Keating tem um andar eletrizante e divide o papel  de vilã e mocinha. Inteligente, estrategista, líder, mentirosa, sexy, sem papas na língua, às vezes alcoolizada, adúltera, protetora, incisiva. Annalise faz questão de mostrar que os negros ganham seu verdadeiro lugar, assim como as mulheres.
Annalise não representa só ela mesma aqui, representa Laurel (Karla Souza), Michaela (Aja Naomi King) e Bonnie (Liza Well). Todas imperfeitas, mas superadoras de uma série de estigmas e traumas. Parabéns Shondaland por esse prato cheio de amor e dedicação.

Porque nem todo feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem!

Feliz Dia Internacional da Mulher que é amanhã! Nesse dia principalmente lembre que lugar de mulher é no lugar que ela quiser! Lembre que não existe mulher frágil. As mulheres não param nunca, muitas trabalham, cuidam dos filhos, cuidam da casa, sofrem as dores do parto, têm TPM, têm cólicas... Respeito é necessário e a arte veio pra ajudar na igualdade tão buscada.
Até segunda!

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